segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Argentina - antes tarde que nunca.

ex capitão de fragata Alfredo Astiz

Julgamento e condenação
Dias depois de chegar ao Brasil, já recuperado do susto vi em um noticiário televisão uma imagem que me deixou estático. Era uma notícia sobre o golpe militar na Argentina , muito superficial pois com certeza a midia brasileira em quase sua totalidade se omitia de se aprofundar muito sobre o assunto. As  informações que aqui chegavam eram truncadas provavelemente pelos militares brasileiros. A censura por aqui, como em vários paises que estavam sobre as botas dos militares, era dura. Mas enfim. A matéria televisiva era feita no aeroporto de Ezeiza e registrava a presença de vários militares de alta patentes procedendo vistoria nos passageiros que lá faziam seus check-ins e em busca do Ministro do Bem Estar Social e secretário particular da Presidente Isabelita,  José López Rega, conhecido como el Brujo.  Nas imagens mostradas estava o militar que tinha procedido a verificação nas minhas coisas no aeroporto de Ezeiza. Tratava-se de um militar da marinha argentina cujo nome era ALFREDO ASTIZ. Essa figura que depois de anos foi desvendada aos olhos do mundo pois cometeu no período em que esteve junto com os militares no poder, atrocidades as mais inimagináveis, como jogar pessoas de um avião na bacia do Prata. Sempre bem protegido trafegou imune por muitos e muitos anos entre os poderosos militares que trouxeram muita tristeza ao povo argentino. Reconheci-o de pronto pois aquele olhar era sinistro demais para ser esquecido. Até os dias de hoje fico imaginando como a vida das pessoas pode mudar no segundo seguinte. Podemos passar do paraíso ao inferno em um segundo, dependendo das circunstancias, lugares, momento em que estamos vivendo. Fatos completamente estranhos a nós interferem de maneira que nossa vida mude radicalmente. Não há uma explicação plausível para esse militar ter me permitido sair da Argentina pois passados anos e a vida desse militar ser aberta ao conhecimento do mundo, tal atitude era imprópria a ele. Esse "hiato" de ter permitido alguém ter driblado as regras do que ele pensava que era o correto, fez com que tivesse sido possível um brasileiro voltar para os seus, naquele momento terrível que vivia a Argentina. Muitos, como eu, não tiveram a mesma sorte. Foi o caso , apenas prá citar um exemplo do pianista brasileiro Francisco Tenório Junior, o Tenórinho que acompanhava Vinicius de Morais e o Toquinho em vários shows em Buenos Ayres e que ali se encontravam naqueles dias. Cheguei a assisti-los no Gran Rex Teatro, ali na Av. Corrientes pertinho do Obelisco, no dia anterior, uma quarta-feira. Na noite seguinte Tenorinho desceu do apartamento do Hotel Normandie onde estava hospedado com Vinicius e Toquinho para comprar cigarros e um remédio numa farmácia que tem na esquina do hotel. Ao entrar na avenida deparou-se com uma batida dos militares que já se movimentavam para o Golpe Militar que ocorreria dias depois. Tenórinho foi detido para averiguações, e reaparece morto dias depois em dependências de base militar. Era pianista, músico excepcional e um apolítico declarado.  Anos depois uma testemunha declara em entrevista dada num orgão de imprensa aqui no Brasil o envolvimento do militar Astiz. Relato isso para registrar que a Justiça dos homens por vezes se faz presente mesmo que muitos anos depois. Todos esses militares foram condenados com as mais diversas penas. E muitos ainda irão passar pelo julgamento da história e dos homens. Aí está abaixo, o nome e o que aconteceu com alguns deles.
Fonte: Jornal El Clarin Bs. (texto original em español)
ALFREDO ASTIZ Ex Capitán de Fragata
Sentencia:
prisión perpetua
Fue agente de inteligencia de la Armada, conocido como el "Angel Rubio" o el "Angel de la Muerte". Se infiltró en Madres de Plaza de Mayo. Formó parte del Grupo de Tareas de la ESMA. Ya había sido condenado en ausencia en Francia por el crimen de las monjas Duquet y Domon.
JORGE EDUARDO ACOSTA
Ex Capitán de Fragata
Sentencia:
prisión perpetua
Fue jefe de Inteligencia y jefe del Grupo de Tareas de la ESMA en la época en que funcionó el centro clandestino de detención, famoso por estuprar suas prisioneiras. (Estava junto na detenção do Pianista Tenórinho)
RICARDO CAVALLO
Ex Capitán de Corbeta
Sentencia:
prisión perpetua
Detenido en 2000 en México por orden del juez español Garzón y luego extraditado a la Argentina.
OSCAR ANTONIO MONTES
Ex Contraalmirante
Sentencia:
prisión perpetua
Fue colaborador de Emilio Massera y llegó a ser canciller.
ANTONIO PERNIAS
Ex Capitán de Fragata
Sentencia:
prisión perpetua
Fue uno de los que admitieron en el juicio la existencia de los "vuelos de la muerte".
JORGE RADICE
Ex Teniente de Fragata
Sentencia:
prisión perpetua
Formó parte de los grupos de tareas de la ESMA y en otras causas está acusado de la apropiación de bienes de desaparecidos.
ADOLFO DONDA
Ex Capitán de Fragata
Sentencia:
prisión perpetua
Era oficial de inteligencia. Está acusado también de apropiación de menores.
RAUL SCHELLER
Ex Agente de Inteligencia
Sentencia:
prisión perpetua
ALBERTO GONZALEZ
Ex Capitán de Corbeta
Sentencia:
prisión perpetua
JULIO CESAR CORONEL
Ex Teniente Coronel
Sentencia:
prisión perpetua
ERNESTO WEBER
Ex Agente de Operaciones de la ESMA
Sentencia:
prisión perpetua
JUAN CARLOS FOTEA
Ex Sargento de la Policía Federal
Sentencia:
25 años
MANUEL GARCIA TALLADA
Ex Jefe de la ESMA
Sentencia:
25 años
NESTOR SAVIO
Ex Teniente de Navío
Sentencia:
prisión perpetua
CARLOS CAPDEVILLA
Ex Capitán de Corbeta
Sentencia:
20 años
JUAN ANTONIO AZIC
Ex Ayudante Mayor de Prefectura
Sentencia:
18 años
JUAN CARLOS ROLON
Oficial de Inteligencia
Sentencia:
absuelto
PABLO GARCIA VELASCO
Oficial de Inteligencia
Sentencia:
absuelto

Um comentário:

  1. Hola Amigo!! Todo llega! Tarde o temprano, todo llega! Pagará en esta y en otras dimensiones todo el horror cometido! Lástima desperdiciar la vida en semejantes bajezas!

    Todo lo que diga Clarín no es 100% fiable! Mienten descaradamente sin ningún tipo vergüenza, esa vergüenza que era respaldada por la ética y la moral que desgraciadamente, hoy esta en crisis.
    Este grupo empresarial ha sido cómplice del genocidio en argentina. No solo los militares estuvieron en ello, muchos civiles fueron cómplices de todo lo sucedido, por conveniencias en dolares, en egos, o simplemente por falta de valentía!
    Este grupo lo ha hecho por discriminación, ego y conveniencia! Fueron y son enemigos de cualquier pueblo trabajador de cualquier lugar del mundo!
    Un abrazo desde la Patagonia Argentina!
    Tu siempre amigo
    Jorge Bogner

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