segunda-feira, 31 de maio de 2021

The Beatles - O fatídico Rooftop Concert (1969) pra matar a saudade.

Aconteceu há 52 anos. As gravações do filme “Let It Be” – que ganhou uma versão remasterizada – já estavam em fase final e os Beatles queriam um gran finale: eis o fatídico ‘Rooftop Concert’.      

Durante janeiro de 1969, Michael Lindsay-Hogg (que dirigiu os clipes ‘Paperback Writer, ‘Rain’, ‘Hey Jude’ e ‘Revolution’) estava filmando alguns dos momentos finais da maior banda do mundo, enquanto John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr ensaiavam e gravavam as músicas que apareceriam no álbum ‘Let It Be’. Participação especial de Billy Preston ao teclado. 

Um concerto ao vivo foi como forma de terminar o documentário e, então, no dia 30 de janeiro, os Beatles subiram as escadas da Apple em direção ao telhado. Foi  última vez em que os Beatles fizeram uma apresentação ao vivo juntos. As ruas em torno da Apple Records lotaram de gente e a policia interviu ordenando o encerramento da apresentação. Remember...

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Guardanapos de Papel - Milton Nascimento

Essa canção é a versão do carioca Carlos Sandroni para "Biromes y Servilletas", de Leo Masliah...irmão uruguayo, autor dessa maravilhosa obra de arte. Inesquecível para todo o sempre na interpretação do maior cantor brasileiro de todos os tempos. Após um ano resolvi re-postála...

sexta-feira, 21 de maio de 2021

CRÔNICA DE TITO GUARNIERE

 

CRÔNICA DE TITO GUARNIERE

 

 

NÃO TEM PERIGO 

 

O Brasil não tem o menor perigo de dar certo. Mais o tempo passa e tudo que era ruim parece ficar pior. Não consigo ver sinal algum de esperança. 

 

Vejam a reforma administrativa. A ideia simples é superar certas disfunções e regalias, que travam o serviço público, que fazem dele esse leviatã de ineficiência e burocratismo, que inferniza a vida dos cidadãos. A reforma em curso é uma mudancinha, que apenas tangencia as anomalias existentes. Basta ver que ela não atinge nenhum dos atuais servidores, só valem para o futuro! 

 

Mas mesmo assim, ela estaca nas barricadas das corporações de servidores, de longe, a influência mais poderosa nas decisões do Estado brasileiro. O dogma de esquerda diz que no Estado capitalista quem dá as cartas são as grandes corporações empresariais. Só em parte. Ao menos no Brasil, quem manda mesmo, quem amolda o Estado a seu jeito e favor são as corporações do funcionalismo. 

 

A novidade do momento é a aliança do Centrão bolsonarista com as corporações do serviço público, para postergar a reforma mixuruca, por causa das eleições do ano que vem – ninguém quer perder votos com um assunto sensível. Ninguém quer bulir com o funcionalismo. 

 

Ou seja, uma parte do funcionalismo xinga Bolsonaro de fascista e de genocida, mas dependendo o caso tocam de ouvido. Não é novidade. Bolsonaro sempre se entendeu bem e votou com as esquerdas nessas questões. 

 

No Rio de Janeiro, aquela ferida incurável do Brasil, mais de 200 policiais saem à cata de 21 condenados com mandado de prisão, no morro do Jacarezinho. Conseguem prender apenas três. Mas aproveitam a viagem e deixam estirados no chão 28 cadáveres crivados de balas. Pelo menos nove deles tinham ficha limpa na Justiça. 

 

Os responsáveis ficam indignados quando alguém chama a operação de chacina. Só um querubim vindo direto do céu acredita que nenhum inocente morreu no tiroteio. 

 

O ato de barbárie – em país civilizado jamais seria tolerado – é recebido com aplausos no governo, nas hostes bolsonaristas. O general Hamilton Mourão, que vez por outra demonstra algum senso das coisas, entra no jogo bruto e antes que os cadáveres esfriem dá o tom: eram todos bandidos. 

 

Não se constrói uma nação decente assassinando a granel os seus concidadãos. 

 

Depois do escândalo dos Anões do Orçamento, há mais de 30 anos, depois do mensalão que quase derrubou Lula no seu primeiro governo, era de se prever que nada parecido voltaria a acontecer. Uma reportagem do Estadão, entretanto, revelou que a malfadada prática voltou com tudo. 

 

Funciona assim: os parlamentares reservam no orçamento um valor bruto, de livre alocação, da ordem dos R$ 3 bilhões de reais. O valor é fatiado na forma de emendas entre os amigos do rei, os deputados e senadores fiéis ao governo. A fonte jorra para a compra de equipamentos e obras paroquiais: o mimo vale ouro na reeleição de deputados e senadores. Assim, com o dinheiro do distinto público, Bolsonaro afasta a ameaça de impeachment e garante alianças preciosas na eleição de 2022. 

 

Mensalão puro, Bolsolão puro. Se isso não é corrupção, eu não sei o que possa ser. 

 

titoguarniere@outlook.com


(EXTRAÍDO DO BLOG ruygessinger.blogspot.com)