sábado, 2 de julho de 2011


Aí dei um pulo na Bahia mais precisamente na cidade portuária de Ilhéus. Meu irmão e eu, fomos de carro já que o referido cidadão não sobe num avião nem em pensamento. Logo ali, coisa de 1.900 km para ir e outros "logo ali" para voltar. A certa altura a bunda não se ajeitava no banco do automóvel. Mas como o motivo de semelhante aventura era trabalho não teve outro jeito. Lá fomos nós dois estrada afora. Saímos de São Paulo, interior, interioranos cidadãos que somos, la por volta de seis horas da manhã da sexta passada e fomos aportar na primeira parada, na cidade de Teófilo Otoni, estado de Minas Gerais. |Tudo nos conforme, estrada boa até a cidade de Belo Horizonte (BR381- Rodovia Fernão Dias) duplicada com os devidos pedágios de praxe. Aí você passa por Belzonte, circundando pela cidade, em meio a um mar de sujeira, lixo, abandono total, descaso, cruzando faróis vernelhos pois só louco para parar em meio a favelas escuras que contornam a capital dos mineiros. Ali vc escolhe. Morrer num cruzamento por passar o farol vermelho ou parar e correr o risco de assalto. Esteja a gosto. Mas isso é apenas amostra pois ocorre em todos os cantos do País. Daí em frente a estrada passa a ser mão dupla e ali que mora o perigo. É só ver as estatísticas de acidentes naquele trecho de Belo Horizonte a Governador Valadares (MG). Ai vc sai da BR381 e entra na BR116, nossa mais extensa rodovia brasileira, ali também denominada RIO-BAHIA. Como o movimento naquela altura é "pequeno" não deve haver interesse dos Donos de Pedágio em cuidar daquilo, então, salve-se quem puder. Dali prá cima, mão dupla, reze um Pai Nosso, umas quinze Ave Maria, se agarre com seu santinho viajeiro e seja o que Deus quizer. Vc vê de tudo e até o que nem imaginaria de ver. 550 km até Vitória da Conquista ja na Bahia e de lá a chegada a Ilhéus mais 250 km de estradas inseguras. Esse trecho de Teófilo Otoni a Vitória da Conquista nos dá uma noção real do que seja o Brasil afastado da costa. Cidades pequenas, pobres, sertão total em alguns lugares. Principalmente no estado de Minas Gerais, costeando Espírito Santo e Rio de Janeiro. A terra de péssima qualidade, vegetação rasteira, muita pedra motivo pelo qual vc vê plantações a margem da rodovia (mandioca (aipim, macacheira) , no acostamento da estrada mesmo. Com certeza moradores dali, aproveitam cada metro que pode ser utilizado para uma plantaçãozinha de subsistência florescer e mandam ver. Pobreza total. E assim, por todo aquele percurso. Fora a beleza da mãe natureza em alguns pontos, com pedras espetaculares verdadeiras obras de Deus, o que se vê é a região inóspita, sertão mesmo. Amanhã escrevo mais sôbre o percurso pois muita coisa interessante vimos nessa verdadeira cruzada...
Bora... 

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