sábado, 11 de junho de 2011

Qual é a fobia da vez?...

Excelente. Objetivo. Cheio de realidade. Este é o texto publicado em Zero Hora (POA RS) dias atrás e que me foi enviado por uma amiga de São Paulo, Zuleica Gestas. Resolvi posta-lo pois tráta-se de comentário feito pela Professora da Universidade Federal de Santa Maria RS, Marilise Escobar Bürger,  altamente qualificada para expôr sua opinião sôbre o assunto.  Professora adjunta da Universidade Federal de Santa Maria, onde é responsável pela disciplinas de de Farmacologia e Farmacodinâmica do curso de Farmácia e a disciplina de Drogas de Abuso dos programas de pós-graduação em Farmacologia e Bioquímica Toxicológica onde também é orientadora de mestrado e doutorado. Leiam o que ela escreve.

"Qual é a fobia da vez? Marilise Escobar Bürger

Sempre assisti de camarote às “causas políticas” do nosso Brasil. Mas, desta vez, foi impossível não manifestar minha opinião. Tanto alarde, tanta ênfase sobre a homofobia, parece que este é o pior problema do jovem no Brasil. O que é isto? Quantos jovens sofrem preconceito racial? Social? Quanta violência existe por causas outras? Será que todos estão cegos? Surdos?
As bebidas alcoólicas são iniciadas aos 13 anos, nas baladas e festas, a cena degradante de jovens embriagados, caídos, carregados por outros; o futuro de um país afogado e entorpecido. Os jovens usam drogas como se fosse permitido, em nome de uma lei que descriminaliza o usuário. Mas o que é isso? Jovens alcoolizados estão morrendo nas estradas, e matando também. O material “didático” anti-homofobia custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos! Quanto se investe em material didático sobre os danos do álcool? Quantos abordam as drogas? Não estou falando só do crack, cocaína ou óxi (todas derivadas do pé de coca, mas poucos sabem disso). Falo também da maconha, que desmotiva o jovem e pode induzir sintomas psicóticos. Estou falando da Ritalina, que escapa das mãos dos profissionais de saúde, invadindo cursos pré-vestibulares com o pretexto da tão requisitada concentração. Ora, até hoje nenhum estudo comprovou benefícios de aprendizagem com esse anfetamínico! Sim, a Ritalina é um anfetamínico como o ecstasy, e pode causar dependência, mas pouca gente sabe disso. Mas o que acontece afinal? Nossos eleitos estão preocupados com a homofobia?
Esta questão tem seu mérito, mas perde força frente à gravidade das drogas. Se saímos à noite, vemos jovens usando drogas nas calçadas, no pátio das escolas, parece que é permitido. Assistimos a isto de camarote, indignados pela falta de critério dos parlamentares; as drogas e o álcool batem à nossa porta como uma assombração, e a bola da vez é a homofobia. Por que os efeitos do álcool e drogas não estão nos livros didáticos? Por que os alunos estudam botânica, fisiologia humana, química, física... mas não estudam as ações das drogas no organismo? Se a situação está à beira do caos, é porque eles simplesmente não sabem o que fazem. Se o material didático abordasse os efeitos das drogas de forma simples e clara, quantos jovens evitariam tal situação? Se o material educativo anti-homofobia foi elaborado com o fim de “educar para prevenir”, por que isto não foi pensado para evitar o abismo das drogas? Nesta hora de indignação, penso em outras fobias da vez: ministrofobia, parlamentarofobia, ou outra fobia qualquer. Mas o problema das drogas está aí, e não é dos outros, é meu é seu, e também deles, que arbitram e criam as leis."

Entro eu. Importante o texto da ilustre docente haja vista as pessoas aqui no Brasil estarem todas com medo de entrar na discussão homofia  pois qualquer palavra meio dúbia acaba gerando uma discussão e ameaças de processos por preconceito e acessórios. Na verdade as pessoas em sua grande maioria não concordam com esse "kit homofobia" criado por algum "entendido" do governo, mas se calam, preferindo ficar com suas opiniões guardadinhas. Melhor não mexer com isso. Acontece que isso gera uma coisa chamada omissão. E a omissão é muito prejudicial a sociedade como um todo. As vezes faz com que a minoria se sobreponha ao desejo da maioria. A maioria com certeza hoje, vai contra o desejo dos políticos em geral, ou seja, não concordam com a maioria das besteiras apresentadas em projetos na Câmara dos Deputados e aprovados geralmente com interesses pessoais de uma minoria. Agora, quem colocou esses representantes lá? Nós, o povo. Quando chega as eleições as pessoas pensando sempre no seu próprio bem estar, levam essa gente a virar vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e Presidente. E aí é um salve-se quem puder pois ficamos totalmente a mercê dessa gente. Elas " representam" o povo.Portanto deixem eles conduzir o barco e aí saem essas verdadeiras estultíces, como esse kit homofobia.
Quando será que iremos criar o kit  ministrofobia, parlamentarofobia, ou outra fobia qualquer, como disse a nobre educadora???  Com a palavra o povo brasileiro.
Bora.

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