domingo, 8 de maio de 2011

DIA DAS MÃES


Ilse Branca Eggler Ferreira
Minha mãe chamava Ilse Branca. Não gostava do Branca e olhava pra gente com carinha de reprovação quando assim nos dirigia a ela. Ilse Branca. É curioso como com o passar dos anos vamos voltando prá dentro da nossa mãe. Coisas que passaram sempre desapercebidas vão aparecendo em nossa memória e nos traz uma imensa vontade, inútil, de querer ela novamente aqui do nosso lado para prestarmos atenção em casa detalhe da sua mãe. Vemos a importância da pessoa que realmente é insubstituível nas nossas vidas. Lembramos de tudo, de quando ela nas madrugadas frias de inverno, levantou de sua cama quentinha para ver se os filhos estavam devidamente acomodados em suas camas, cobertinhos para não passar frio, ou pegar algum resfriado. A carinha de preocupação quando um dos filhos ia mal na escola, qual a dificuldade que estava ocorrendo para prontamente dar um auxílio. Nas ocasiões festivas lá estava ela, sempre pronta para organizar a reunião familiar.Entre muitas coisas de minha mãe, recordo quando por ocasião da Páscoa,  ela,  na cozinha, pintando cascas de ovos de galinha que ela vinha guardando alguns meses antes. Punha amendoim torrado no forno com açúcar e fechava a boca ca casquinha com papel colorido. Fazia bolachas cobertas com merengue, desenhos singelos mas que tinham amor em cada traço. Coloridas, deliciosas, eram motivo de deliciar-se com cada mordida. Providenciava os cestinhos de vime e lá dentro iam balinhas de goma, ovos de chocolate, ovos de açúçar cristalizados, e mais uma porção de guloseimas. Todos os filhos ganhavam por igual, cuidadosamente divididos todas as doçuras. No sábado a noite, tudo pronto e já devidamente escondido em lugares da nossa casa, vinha a preleção do que seria o Dia de Páscoa, o Domingo. A noite nos reunia a todos, na sala e afetuosamente contava histórias do coelho, isso claro, para dar aquele ar de suspense ao que aconteceria no dia seguinte.  Ali, já estávamos ansiosos, a mil, contando os minutos para a "chegada do coelho", cedinho, o mais cedo possível, levantar e sair a procura dos cestos de Páscoa. Eram escondidos em todos os cantos da casa. Geralmente um achava o cesto do outro pois todos continham os nomes de cada um dos filhos. Não se pode mensurar a alegria de uma criança na procura  desses cestinhos. Minha mãe estava ali, junto, participando na correria pela casa, seus olhos brilhando de felicidade em ver a alegria dos filhos. Tão pouco para tanta felicidade. Ela, na verdade, era quem mais estava feliz. Junto com seus filhos, todos felizes, ela feliz 5 vezes. Pelos 4 filhos e por ela mesma. Assim era a minha mãe. Hoje, ela não está mais conosco. Também perdi dois dos meus irmãos mais velhos assim como meu pai. Todos devem estar reunidos lá em cima olhando para mim e meu irmão Fernando. E, aqui neste dia especial quero dizer a todos eles que fazem falta em nosso convívio. Em especial a minha mãe querida. Que deu amor a tantas pessoas e que com certeza os que aqui na terra ainda vivem e a conheceram, retribuem a ela em recordação e carinho. E peço a todos que ainda tem suas mães a seu lado, prestem atenção, mas muita atenção a suas mães. Que a protejam e lhes dê muito, mas muito carinho pois lá na frente a vida irá lhe mostrar naturalmente o quão imnportante elas são em todos os minutos da sua vida. E a todas Mães deste mundo. Felicidades.
Até amanhã. 

2 comentários:

  1. É verdade Mano, como ela nos faz falta, aqueles lindos olhos azuis que nos fitavam com tanto carinho.Que possamos um dia estarmos todos reunidos de novo, nas nossas pascoas,natais e tantas outras situações onde fomos tão felizes.O importante é que fomos amados por ela, que sempre tentou nos manter unidos.Devemos isto a ela até o fim de nossos dias.Um beijão pra nossa Branquinha" que com certeza nos olha lá do alto.

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  2. Que lindo isso que vc escreveu Ivan sobre sua querida mãezinha!!E realmente não existe nada mais lindo que amor de mãe e filho,nada mais puro.Por isso sempre escuto vc Ivan,quando me diz para ir na casa da minha mama dar um beijinho e um carinho nela,tenho que te ouvir ainda mais,porque hoje não sei o queria de mim sem essa mulher querida perto de mim e do meu filho.Então Ivan e Fernando vcs dois que estão aqui nesse mundo,tem que se unir cada dia mais e mais,se amarem muito,falarem um ao outro que se amam, sempre que puderem.Porque essa foi a missão de dona Ilse ensinar o amor.E lá de cima com toda certeza ela està vendo se vcs aprenderam.

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