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Pastor Silvio Meincke e o outono na Alemanha |
Prezado Ivanhoé.
Depois dos feriados, e de volta aos afazeres da rotina, lembrei-me de enviar-lhe uma foto do outono
europeu que tirei em passeio por trilhas da roça próxima da nossa casa. Também vou anexar um poema de Rilke sobre a queda das folhas nesta época do ano, que traduzi e lhe dei pequena introduçâo.
Com votos de bons dias, fico com um abraço. Silvio.
Salmo 90: Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geracão em geracão.
Antes que os montes existissem, e antes de começares a criar o mundo, tu és Deus eternamente, sem começo nem fim. Mais do que no Brasil, na Europa, as árvores perdem todas as folhas,
no decorrer do outono. Vem os dias frios e escuros, e a natureza hiberna. Tudo lembra, então, que todas as coisas passam e que nós mesmos passamos. Rainer Maria Rilke observou esse fenômeno com olhos e
sensibilidade de poeta:
Antes que os montes existissem, e antes de começares a criar o mundo, tu és Deus eternamente, sem começo nem fim. Mais do que no Brasil, na Europa, as árvores perdem todas as folhas,
no decorrer do outono. Vem os dias frios e escuros, e a natureza hiberna. Tudo lembra, então, que todas as coisas passam e que nós mesmos passamos. Rainer Maria Rilke observou esse fenômeno com olhos e
sensibilidade de poeta:
“As folhas caem.
Caem como vindas de longe.
Como se nos céus murchassem distantes jardins.
Caem em movimentos de despedida,
E a terra cae em pesada solidão.
Caem como vindas de longe.
Como se nos céus murchassem distantes jardins.
Caem em movimentos de despedida,
E a terra cae em pesada solidão.
Nós todos caímos.
Essa mão cae,
Aquele corpo cae,
E veja aquele outro: o cair está em todos.
Essa mão cae,
Aquele corpo cae,
E veja aquele outro: o cair está em todos.
Todavia, existe ALGUÉM, que acolhe todas
as quedas em suas mãos,
com infinita suavidade”.
as quedas em suas mãos,
com infinita suavidade”.
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